sexta-feira, 30 de abril de 2010

PROGRAMAÇÃO MAIO/2010

Dia 08.05
  • Conversa com o deputado estadual Fernando Mineiro
  • Prestação de contas dos gestores financeiros e da produção da oficina "Devorando Hamlet"

Dia 15.05
  • Conversa com o vice-presidente da Funcarte, Gustavo Wanderley
  • Últimas definições sobre as oficinas de maio

Dia 22.05
  • Apresentação da monografia de Eduardo Rodrigues (membro do NJÁ) sobre turismo e cultura
  • Retorno da produção do "Ciclo de Leituras Dramáticas"

Dia 29.05
  • Apresentação do "Mapeando Grupos e Artistas Potiguares", sobre o grupo Pessoal do Tarará e Clotilde Tavares

As palestras são abertas para qualquer interessado, mesmo que ele não seja membro do NJÁ. Elas acontecem todos os sábado, a partir das 10h, na Casa da Ribeira.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Khrystal visita o NJÁ


Na última reunião do Núcleo de Jovens Artistas (sábado, 24 de abril) a cantora Khrystal participou do Mapeando Grupos e Artistas do RN, que neste mês, foi dedicado a ela e à banda Rosa de Pedra. Os seminários foram apresentador por José Neto e Leila Bezerra.

A cantora contou que em 2010 completa 10 anos de carreira e que começa a desenvolver seu trabalho autoral. A inspiração veio do Projeto Retrovisor, no qual ela cantava junto com Luis Gadelha, Simona Talma, Valéria Oliveira e Ângela Castro.

"Estou descobrindo que posso criar minhas próprias músicas", disse Khrystal.

A cantora pretende lançar dois CDs em 2010, um com músicas autorais e outro com com releituras. Também existem grandes chances da volta do Projeto Retrovisor e a Rede Globo gravou, recentemente, especial com Khrystal para ser veiculado em julho.

Rosa de Pedra
Sobre a banda Rosa de Pedra, Neto e Leila mostravam vídeos de shows e clip. Eles explicaram que o grupo tem forte movimento de composição entre seus membros e que o nome é inspirado no primeiro livro da poetisa potiguar Zila Mamede.

Confira o Twitter dos homenageados de abril do Mapeando Grupos e Artistas do RN:

Clotilde Tavares dedica texto aos participantes da oficina "Devorando Hamlet"

Entre os dias 19 e 23 de abril, o Núcleo de Jovens Artistas promoveu a oficina "Devorando Hamlet", ministrada pela atriz e escritora, Clotilde Tavares. Finalizada a atividade, ela escreveu um artigo, em seu blog, dedicado aos participantes que "devoraram Hamlet".

Leia abaixo:






A preparação espiritual do ator, por Clotilde Tavares


Hoje deixem-me falar sobre teatro. O teatro, arte onde milito há anos, ora como atriz, ora como dramaturga, ora com professora, é uma atividade absorvente e muitas vezes ingrata, principalmente quando perseguimos um resultado que pretende ser mais artístico do que comercial, quando buscamos mais a evolução estética da arte que praticamos do que uma gorda bilheteria e casas lotadas.
Por outro lado, como viver de teatro sem atender aos aspectos comerciais da arte? Como pagar o aluguel, a escola das crianças e a conta do supermercado sem vender ingressos? Artistas moram, comem, têm filhos, usam luz elétrica e água encanada. Parece óbvio, mas muita gente esquece disso e adora pedir uma cortesia para não pagar dez reais por um ingresso. Conciliar arte com mercado, eis o grande dilema de produtores, diretores e atores, que vivem tendo o palco como o centro pulsante e apaixonado de suas vidas.

Entre os vários problemas que o teatro nos coloca, está um, crucial nos dias de hoje, que é a formação do ator. O espaço aqui é pequeno para uma discussão dessas, mas é possível levantar alguns pontos. Sempre defendi, como pessoa de teatro, aquilo que chamo de preparação espiritual do ator.

Essa tal preparação “espiritual” não tem nada a ver com religião, mas com a elevação do espírito, do intelecto, das idéias, dessa parte imponderável do ser humano que extrapola as habilidades corporais desenvolvidas pelos exercícios, que hoje em dia são muitas vezes colocadas como os principais requisitos para o trabalho teatral. Essas técnicas são importantes mas ficam vazias e mecânicas se o ator não tiver esse desenvolvimento interno, do “espírito”, da sua essência enquanto ser humano.

Ler, pensar, trocar idéias, ver filmes, ver quadros, ouvir música, experimentar outros tipos de artes, experienciar a transcendência, a ampliação da consciência, praticar a felicidade, tocar um instrumento musical, observar a natureza e aprender com ela…

Mas tudo isso dá trabalho e a maioria dos jovens atores continua com um pé no palco e os olhos e o desejo na TV Globo, sem sequer ir ao cinema, quanto mais ler um livro! Aí fica aquela casca seca, dominando técnicas corporais, encostando o calcanhar na nuca, mas sem referências interiores para cumprir a tarefa do ator que é criar do nada, tendo como ponto de partida apenas as falas do texto, um personagem completo.

E é aí que reside a mágica desta arte. Criar um ser humano de verdade – de verdade enquanto a cena existe – dando-lhe alma, vida, energia, emoções, suor, sangue, lágrimas e risos! Quem poderia aspirar a uma tarefa mais empolgante do que esta? Um tarefa de deuses? E isso acontece todo dia no teatro, mas num teatro feito por pessoas que, além de músculos, ossos, tendões e ligamentos tenham também espírito, alma e essência.

Este post é dedicado aos participantes da oficina “Devorando Hamlet”, promovida pelo Núcleo dos Jovens Artistas, que ministrei de 19 a 23 deste, e que me afastou deste blog por uma semana. Comemoramos com esta oficina, como o faço anualmente, o aniversário de Mr. William Shakespeare.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Discussão sobre o texto "Cultura e Governança", de Jaquelene Linhares

No último sábado, 16, a bailarina Jaquelene Linhares conversou com o Núcleo de Jovens Artistas sobre a relação entre cultura e governos. Para tanto, ela nos apresentou o texto "Cultura e Governança: Um olhar tranversal de futuro para o município". A leitura incitou problemáticas e questionamentos sobre a mercantilização e espetacularização da cultura e sobre a identidade cultural do Rio Grande do Norte. Exemplo: Qual o ritmo musical do RN?

"Uma localidade que não valoriza sua cultura cai na fácil armadilha de que a economia é prioritária e implementa um projeto de cidade de uma modernidade tosca, árida, acrítica, expressão do desenvolvimento material de cidades do primeiro mundo ou das metrópoles globais, que não se desenha a partir dos impulsos civilizatórios das realidades locais", afirma Jaquelene em seu texto.

Nós discutimos que a falta de incentivos e o pequeno número de centros culturais são insuficientes para promover a continuidade de processos artísticos. Falou-se, também, sobre a necessidade de ocupar as praças, para levar a cultura às ruas. É imprescindível que o acesso à pluralidade seja público.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Arte e sociedade


No último sábado, 10, o professor doutor em Filosofia Contemporânea, Eduardo Pellejero, conversou com o NJÁ sobre a relação dos artistas com a sociedade.

Pellejero apoiou sua fala em vários artistas, entre eles o filósofo Sartre e o escritor peruano Mario Vargas Llosa. Para o professor, as perguntas do compromisso artístico são "por que", "para que" e "para quem" se está produzindo arte, sendo a última questão a mais importante.

"Julio Cortazar, por exemplo, afirmava que mesmo sem obrigações latino-americanas ou socialistas, sua literatura apontava para um leitor/público, onde ele acharia uma semente para o futuro", conta Pellejero. "Ele se recusava a fazer uma 'arte comprometida', achava que era uma ilusão e que a arte tem que absorver a experiência do mundo, e não ser uma forma de intervenção", completa.

Para Vargas Llosa, por sua vez, a arte pode desencadear efeitos históricos e não deve se curvar a nenhum imperativo político. Se ela alcança uma autonomia, passa a ser, automaticamente, política, porque incomoda. Além disso, o artista não precisa, necessariamente, tematizar a política. Ele pode explorar os seus próprios demônios que, no fundo, são demônios sociais. "Qualquer forma de arte que explore aqui que faz, que não se conforme com a tradição, é política", declara o professor.

No fim, Eduardo Pellejero deu sua opinião sobre o assunto: "A primeira coisa que a arte faz conosco é mostrar que nunca vamos nos adaptar. Abracem sua deformidade. Façam sua arte a partir do ponto em que você não se adequa ao padrão. É a única coisa, na qual acredito".

Eduardo Pellejero nasceu na Argentina em 1972. É licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Salvador, Buenos Aires (2000) e Doutor em Filosofia Contemporânea pela Universidade de Lisboa (2006). Bolseiro de pós-doutoramento da FCT (2006-2009). Foi Professor Convidado na Universidade Michoacana de San Nicolás de Hidalgo (UMSNH), Morelia, Michoacán, México (Maio-Julho de 2005 e Agosto-Janeiro de 2006-7)). É membro integrado do CFCUL, head da linha de investigação Filosofia das ciências humanas e colaborador do projecto A Imagem na Ciência e na Arte (Curriculum Vitae)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Oficina "Devorando Hamlet"


O Núcleo de Jovens Artistas promove a oficina “Devorando Hamlet” com Clotilde Tavares.

A atividade consiste numa leitura comentada da peça “Hamlet”, de William Shakespeare, feita pela escritora e atriz Clotilde Tavares, enquanto os participantes acompanham, discutem e perguntam. É também uma oportunidade para registrar o 446º aniversário de nascimento de Shakespeare, no dia 23 de abril. No primeiro dia, ao final do primeiro ato, é exibido o filme “Hamlet”, de kenneth Branagh , até o final do primeiro ato. No segundo dia, o segundo ato, e cada dia um ato (são cinco).


DIAS: 19 a 23 de abril
HORA: 17h às 19h
LOCAL: Casa da Ribeira
VALOR: R$15,00 integrante efetivo do NJA \ R$20,00 não-integrante do NJA
INSCRIÇÕES: Ana Carolina Marinho – 9163-5300 \ José Neto Barbosa – 9645-9993
APOIO: Centro Cultural Casa da Ribeira

A tradução de Carlos Alberto Nunes será disponibilizada aos inscritos, em formato digital.


Mais informações:
jovensartistas@gmail.com
www.nucleodejovensartistas.blogspot.com